O Papel da Atenção – Parte 2

A curiosidade também é uma das ferramentas internas mais poderosas que temos, porque nos leva a viajar para lugares que eram inóspitos ao nosso sistema de crenças. A curiosidade é minha aliada no meu processo de transformação, pois vem de um querer saber, um desejo, uma pergunta, então, por sua vez, está me levando à minha transformação. Como se costuma dizer “quem procura acha”.

Quando somos crianças, temos a curiosidade inata, que nos permite aprender através da exploração, mas, à medida que envelhecemos, nossos pais começam a nos condicionar com seus preceitos, procurando nos proteger da vida, depois nos privamos, vivemos com medo, interrompemos a busca que temos por natureza, perdemos a bússola e chegamos ao ponto de nem saber o que queremos na vida, como me dizem muitas pessoas que se aproximam de mim em busca de uma resposta.

Somos observadores por natureza e isso implica que o que acontece dentro de mim (no meu cérebro, emoções, mente, sistema nervoso, memória, órgãos etc.) pode ser uma interpretação entre mim (observador) e o que vejo do lado de fora (matéria), e isso, por sua vez, é o que torna as coisas reais, afetando a maneira como percebo a realidade. Uma realidade que eu criei.

“Quando você vê a realidade como ela é, não há reação emocional, há verificação.” Marlene Kuenerz

Isso significa que o resultado daquilo que chamo de objetivos, em todas as áreas da minha vida, precede a atenção que coloquei em um determinado tópico. Por exemplo, uma pessoa que compra um carro começa a ver muito mais carros do mesmo modelo na rua, isso ocorre porque sua atenção está nesse tipo específico de carro, deixando de lado o restante do estacionamento. O mesmo acontece quando uma pessoa que sofre de uma doença começa automaticamente a ser preenchida com notícias que giram em torno do tipo de doença. Nos dois exemplos, é porque a atenção está focada em um ponto específico, que uma certa energia está vibrando com um nível.

O que acontecerá se eu educar minha atenção? Se eu soubesse as instruções sobre como minha varinha mágica funciona, o que eu faria?

Basicamente, aprendendo a me administrar, com base em um conhecimento prévio do que meu inconsciente significa, do que está armazenado lá e de como isso me contribuiu até hoje, porque um é uma consequência do outro. Depois que aprendo a chamar minha atenção, dependendo da minha curiosidade (desejo), a vida é responsável por me fornecer tudo o que preciso continuamente e, por sua vez, cuido de melhorar o que a vida me dá, dessa maneira minha vida flui com sabor

Eu, como a psicóloga brasileira Marlene Kuenerz e autora do “Jogo da Atenção”, me considero uma pessoa eclética, ou seja, procuro unir diferentes idéias, conhecimentos, ferramentas que me surgem no momento em que preciso delas, adapto-as para o que eu preciso hoje e eu os uso de acordo com o que eu preciso hoje, assim eu aprendo a fluir com a vida. Essas ferramentas me trouxeram o conhecimento que me permitiu a criação de bons hábitos, a transformação dos meus pensamentos, a criação de afirmações, a observação da minha mente, a ouvir meus diálogos internos, a me curar e curar os outros, a me perdoar, a me reinventar e, sem dúvida, a me amar.

A atenção [o foco] tem sido e é hoje um papel primordial em minha vida diária, pois como ser humano vivo cercada por outros seres humanos, onde muitas vezes acho difícil me sustentar em meu próprio sistema de crenças. Existem muitas técnicas, que hoje orientam as pessoas sobre como treinar a atenção, obviamente adequadas apenas para aqueles que estão em busca.

Com amor Sarah.

  • Escrito por Sarah Rojas

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Sarah viveu o processo de vencer um câncer, o que a levou a uma profunda transformação interna e desde então não parou de trabalhar no seu autoconhecimento e amor próprio. Sarah é Venezuelana e mora nos EUA. Saiba mais sobre ela e acompanhe seu trabalho aqui: 

Instagram: @charolrojasWebsite: sarahenergy.blogspot.com/

 

O Papel da Atenção – Parte 1

Atenção, hoje é considerada o foco principal que dá luz verde aos meus desejos. A atenção é e permanecerá a mesma, embora nomes diferentes lhe sejam atribuídas.

“Consciência é tudo.” Rav Berg

Como Jim Kwik ressalta: “Todo aprendizado depende do meu estado mental.” Kwik diz que o sistema educacional não é mais suficiente para satisfazer nossa assimilação de informações, e isso é porque eles nos formaram com um tipo de educação do século XX para um mundo que não existe mais hoje.

Portanto, se eu quero saber para onde estou indo, eu vejo onde estou focando minha energia (Onde está a minha atenção?):

  • O que penso durante o dia? Aonde meus pensamentos estão me levando?
  • Como priorizo ​​meu tempo? Onde me encontro a maior parte do dia física e mentalmente?
  • Onde estou usando meu conhecimento? e para que? Estou animado para usar meu conhecimento?
  • Como faço para planejar minhas atividades? O que eu faço durante o dia?
  • Eu sou consistente dos meus hábitos? Que hábitos?
  • Eu tenho disciplina?
  • O que me motiva?

Lembrando o que disse no meu artigo “Revendo minha lista de desejos”, atenção, é o foco, são os pensamentos que tenho durante o processo da minha vida. De uma maneira mais micro, é o que estou fazendo ou como estou contribuindo para eu ter minha banca de limonada, participar da bolsa de Nova York, expandir minha rede de lojas com alimentos orgânicos para cães, iniciar minha própria família, perder peso, criar minha própria marca pessoal, lançar minha linha de, ser uma pessoa mais doce, etc.

A atenção é a varinha mágica que nos permite perceber em que focamos, com um estalar de dedos.

Como é contado nas histórias de Walt Disney, onde aparece para a princesa emocionalmente desamparada uma fada madrinha que conhece a capacidade contida na princesa (presentes, talentos, habilidades, coragem, etc.), mas que ela própria é incapaz de ver ou reconhecer a maneira como seu sistema de crenças foi construído. Essa é uma metáfora: como adulto, tento que minha criança interior desperte em mim todas as qualidades que eu tinha quando criança, e que estavam escondidas com o passo em direção à idade adulta, assumindo que minha fada madrinha é uma extensão da minha alma que está me levando à minha auto-descoberta (não importa quantos anos eu tenho hoje). Portanto, metaforicamente falando, uma fada madrinha, nada mais é do que uma pessoa que vem me mostrar minhas habilidades únicas que não pude ver, ou seja, elas ficaram escondidas por um certo tempo dentro de mim.

Digamos que o papel que minha fada madrinha faz é me mostrar em que devo me concentrar hoje, de dentro, de minha essência, de minhas emoções, para que comece a vibrar com energias de bem-estar (positivas), isso se torna o motor que me leva à segurança total, ao meu próprio reconhecimento, ao meu valor e mérito pessoal. Portanto, se emocionalmente sei quem sou, mesmo que não saiba para onde quero ir hoje, saberei seguir em frente seguindo meu instinto e as oportunidades que ele me apresenta.

O que houve? Se minha fada madrinha (alma), que conhece a infinita capacidade de que sou feita, me pergunta: quais são seus desejos? Vou conceder a você apenas três deles, priorizarei imediatamente aqueles que me fazem feliz internamente, me enchem de emoção e me mantêm motivada, a partir da longa lista de desejos que tenho.

Por que eu acho que isso acontece? Como tenho diante de mim a oportunidade de ser feliz apenas com a realização de três desejos, priorizo ​​e, por sua vez, concentro-me em ser honesta comigo mesmo, é o que preciso para alcançar meus objetivos: ser feliz. A propósito, essa é a coisa mais fácil e mais simples de fazer, mas que, no entanto, volto e repito que me condiciono com o passar do tempo, de acordo com meu sistema de crenças, sempre focando em promover uma imagem fora de mim que não se parece nem um pouco com quem eu realmente sou.

A atenção é um instinto natural que tenho desde o momento que vim ao mundo e é o que me permitiu explorar o seio de minha mãe e melhorar a sucção de leite quando tinha apenas horas de nascida, pois era o que meu corpo precisava por natureza. Por esse motivo, ao nascer, tinha exatamente as habilidades necessárias para o estágio em que estava. Estou certa de que, se tivesse mais capacidades naquela idade, perderia a atenção para o que era realmente importante para mim naquele momento.

  • Escrito por Sarah Rojas

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Sarah viveu o processo de vencer um câncer, o que a levou a uma profunda transformação interna e desde então não parou de trabalhar no seu autoconhecimento e amor próprio. Sarah é Venezuelana e mora nos EUA. Saiba mais sobre ela e acompanhe seu trabalho aqui: 

Instagram: @charolrojasWebsite: sarahenergy.blogspot.com/

Até quando vamos adoecer por não sermos generosos com nós mesmos?

Há alguns meses, tive que desmarcar minha presença numa reunião e como a maioria das pessoas nessa situação, me senti super culpada. Mandei uma mensagem para cancelar, explicando o motivo e pedindo desculpas. Fiquei péssima antes, durante e logo após enviar a mensagem. A resposta foi tão generosa que me lembro de sentar e pensar o quanto ainda preciso refletir sobre a minha auto-cobrança. A responsável pela reunião se despediu na mensagem assim: “Cuide de você!”.

A resposta foi tão cuidadosa comigo, tão oposta ao quanto eu estava me cobrando, que refleti sobre como somos injustos com nós mesmos. Com o rótulo de “sou responsável” nos permitimos praticar as maiores injustiças conosco, deixando de lado até mesmo a nossa saúde. Esquecemos que ser responsável inclui a responsabilidade pela sua família, pela sua saúde emocional, dentre outros, e não somente pelo trabalho. Nos cobramos de forma desumana, colocando compromissos acima da nossa saúde, da nossa família, dos nossos valores. Até quando vamos continuar adoecendo por nos colocar em situações de pressão que desconsideram nossos aspectos humanos?

Isso sem falar dos tantos sintomas físicos e comportamentais derivados do detrimento da saúde mental do indivíduo. Como ignoramos a saúde mental no dia a dia do trabalho… Crises de ansiedade, estresse crônico… E sem a devida atenção, o que já não é bom pode evoluir para burnout, depressão, síndrome do pânico, dentre outros diversos diagnósticos cada vez mais comuns. A sua saúde paga o preço, por viver ignorando a própria humanidade.

Há de se respeitar a necessidade humana de carinho, de relações íntimas de qualidade, de tempo apropriado para descanso, de se ter hobbies (passatempo com intuito de relaxar, de se ter prazer), de se manter uma alimentação equilibrada, de uma rotina física e emocionalmente saudável. Cada vez mais também se fala da espiritualidade como um aspecto que quando desenvolvido contribui à qualidade de vida. E há diversos outros aspectos que  podem ter um peso maior ou menor na qualidade de vida dependendo da pessoa, como: desenvolvimento intelectual, construção de um patrimônio, responsabilidade social, e outros.

Somos humanos, complexos e únicos. Precisamos nos conhecer e nos priorizar. Comecemos por nós mesmos. Seja generoso com você, em primeiro lugar. Fique atento para o sentimento e pensamentos de culpa, ou de orgulho exagerado. O orgulho exagerado faz com que tenhamos prazer em alcançar algo mesmo em detrimento de aspectos importantes como a sua saúde, ou relacionamentos, ou valores, etc. O perigo é em algum momento a pessoa não gostar de quem ela se transformou. Isso me lembra outra situação, mas essa vai ter que ficar para um próximo texto 😉

Já aconteceu algo parecido com você? Vamos conversar!

  • Escrito por Tatiana Barbosa

Combate a Ansiedade – Post 4

Meditação:

Pesquisas já mostram os diversos benefícios da prática da meditação regular. Estudos identificaram resultados positivos com pelo menos 10 minutos de meditação diária. Como exemplo, você pode conferir aqui, uma pesquisa de Stanford Medicine, a qual encontrou resultados positivos expressivos entre a prática regular de meditação (acima de 56 minutos por semana) com menos pensamentos negativos e menos supressão de emoções negativas.

A supressão de emoções negativas é uma das possíveis reações em situações desconfortáveis ou estressantes. Como resultado, a pessoa evita conflitos e internaliza as emoções negativas. Esse mecanismo tende a gerar resultados negativos a curto ou longo prazo psicológica ou fisicamente.

A prática regular de meditação deixaria a pessoa mais no controle da situação. Ou seja, em vez de seguir sua tendência de suprimir (internalizar) as emoções negativas, a pessoa passa a escolher uma reação mais saudável para si, buscando uma solução e conversando sobre a situação, por exemplo.

Se você acha que não consegue meditar porque sua cabeça não pára, saiba que isso é um mito da meditação. A sua cabeça não precisa estar vazia para meditar. Você não precisa sentar no chão (a não ser que lhe seja confortável), nem seguir mantras com palavras em idiomas que você desconhece (a não ser que você se identifique com essa abordagem). Basta encontrar o tipo de meditação que mais faz sentido com você e sentar no sofá, ou na cadeira, o que lhe for mais confortável.

Há vários tipos de meditação disponíveis. Para citar algumas: Amor e Bondade, Relaxamento, Respiração Consciente, Budista, Transcendental e Mindfulness.

Acho que o primeiro tipo de meditação que pratiquei, mesmo sem saber, foi a de Relaxamento. Ao final de algumas aulas de ginástica, a professora diminuía as luzes da sala, pedia para deitarmos de olhos fechados, colocava uma música calma, e nos deixava relaxar por 5 minutos. Caso você seja muito ativo e acha que terá dificuldade em ficar 10 minutos sentado de olhos fechados, uma dica é fazer exercício físico antes da meditação.

Depois, já na faculdade de psicologia, pratiquei alguns outros exercícios de Relaxamento, incluindo “escanear” as partes do seu corpo, de Mindfulness e de Respiração Consciente. Usei alguns exercícios de Respiração Consciente durante a minha vida profissional, antes de uma apresentação para um público novo ou alguma reunião que estava me deixando ansiosa. Quando sentia meu coração disparado, ponta dos dedos dormentes, mãos mais frias que o normal, eu começava o exercício em qualquer lugar, com os olhos abertos, e sentia meus batimentos voltando ao normal e ficava mais centrada em mim.

Quando me mudei para Nova Iorque, comecei a meditação Budista, onde pratiquei diversos exercícios. Cada meditação era focada num tema diferente: alegria, desapego, paz, amor e bondade. E hoje em dia pratico a meditação Transcendental, sendo esta a que mais me identifico. Mas todas as outras fazem parte da minha “caixa de ferramentas”. Assim, posso recorrer a uma ou outra dependendo do que se adeque mais a situação ou momento em que estou vivendo. 

Dentro de cada tipo de meditação que citei para vocês, há várias abordagens. Por isso, a minha sugestão é que para experimentar até encontrar alguma que faça sentido para você. E quando essa não couber mais, quando você sentir que precisa se aprofundar ou buscar novos caminhos, experimente uma outra abordagem que o desafie a se aprofundar em si. Boa meditação! E uma boa vida com mais controle sobre suas escolhas, pensamentos, emoções e ações. 

O que achou desse texto? Acredita que lhe acrescentou de alguma forma? Comente aqui embaixo!

Já medita? Compartilhe aqui embaixo com qual meditação você se identifica mais. Sempre aprendo mais sobre o tema. Boa semana!

  • Escrito por Tatiana Barbosa

O Mau da Curiosidade: para o curioso e seus relacionamentos

Curiosidade! Quantas palavras trocadas, quanto tempo gasto para satisfazer a sua ou a dos outros… Quando perguntamos algo apenas para satisfazer uma curiosidade nossa, o quanto a resposta nos preenche? 

Provavelmente, a sua resposta será: por alguns segundos. Se a resposta render uma fofoca daquelas, aí pode lhe preencher por dias, com conversas sobre o que aconteceu com o outro. Mas logo acaba o prazer de compartilhar o que você ficou sabendo. E você então já está pronto para satisfazer a sua próxima curiosidade! E, assim, você vai vivendo na sede de saber sobre a vida dos outros, dos seus amigos, familiares, apenas pelo prazer de saber que lhe preenche por alguns minutos, dias no máximo.

Esse ciclo faz bem para você? 

Acredito ser relevante pensar sobre essa pergunta, também por estarmos nesse tempo de Mídias Sociais com informação ao vivo sobre a vida das pessoas. E apesar de você estar focado no mundo exterior, buscando o que pode pegar de informação para si, o curioso é totalmente centrado em si, sem considerar o outro. Antes de perguntar, você reflete sobre como a pessoa pode encarar essa pergunta? Você pensa que pode ser desconfortável para ela ou que ela pode simplesmente manter isso reservado para ela, já não teve a iniciativa de compartilhar com você? Provavelmente, não. E se você reflete sobre as perguntas, mas a sua resposta é: “eu não me importaria”, você ainda está centrado em você. Não é porque você fala abertamente sobre determinado assunto que todos precisam falar também. Quando achamos que as pessoas devem ter as mesmas reações que nós, não estamos respeitando o jeito de ser do outro. Nem damos espaço para realmente conhecer essa pessoa. Apenas esperamos que a pessoa responda e vejo o mundo como você.

Será que você poderia substituir essas conversas, esse tempo gasto com a curiosidade rasa sobre os outros, com conversas ou atividades que lhe tragam uma satisfação duradoura? Algo com que você consiga tirar prazer não apenas por alguns dias, mas por um longo prazo? Por exemplo, trocas em que você esteja construindo um relacionamento de qualidade, com conversas saudáveis que façam bem para as duas pessoas, em vez de apenas seguir seu impulso curioso.

Como lidar com o curioso?

Não se intimide em colocar limites nas suas relações. A forma de colocar o limite varia conforme a pessoa e o relacionamento. Apenas a prática do autoconhecimento – como terapia, por exemplo – vai fazer você descobrir como é a forma mais saudável para você colocar limites nas suas diferentes relações.

O que vocês acham? Faz sentido? Comenteeeeeem!

  • Escrito por Tatiana Barbosa

Combate a Ansiedade – Post 3

Pensamentos: 

A agenda e uma rotina com atividades que promovem sentimentos positivos podem ajudar que você se sinta melhor. Mas e quanto aos pensamentos negativos que insistem em aparecer? Pensamentos que lhe fazem temer o futuro ou duvidar da sua capacidade. Para isso, temos algumas opções.

Uma opção é a técnica do Dr. Daniel Amen para eliminar os Pensamentos Negativos Automáticos, os quais ele chama de ANTs (Automatic Negative Thoughts) fazendo uma alusão a formigas – no inglês “ants”. Ele teve essa ideia enquanto limpava a cozinha de uma infestação de formigas. A situação o levou a pensar nos pensamentos negativos que invadem as mentes dos seus pacientes.

O primeiro passo é ao identificar o pensamento negativo, classificá-lo dentre as categorias abaixo.

Previsão do Futuro: são pensamentos que dizem respeito a imaginar um resultado possível em decorrência de alguma ação sua. São eventos futuros, que não aconteceram, mas que a pessoa prevê que vai acontecer algo ruim, mesmo sem nenhuma evidência que leve a isso.

Leitura de Mente: se refere a ideias sobre o que as outras pessoas estão pensando a seu respeito, mesmo sem ter ouvido nenhuma opinião dos outros.

Culpa: são como obrigações que lhe vem à mente. Por exemplo: eu tenho que dar atenção para a minha família, em vez de, eu gostaria de passar mais tempo de qualidade com a minha família. A culpa dificilmente lhe ajuda a alcançar objetivos ou hábitos saudáveis. Tomar responsabilidade para si a fim de mudar a sua rotina tende a ser mais efetivo.

Rótulos: pensar que você ou outros são “algo depreciativo” limita a sua capacidade de mudar a situação em que vive. Quando você rotular a si ou a outros como: “sou burra”, “essa pessoa é burra”, você está tirando a sua responsabilidade por mudar a situação em que vive.

O próximo passo, após identificar o tipo de pensamento automático que você está tendo, é desafiá-lo. O Dr. Daniel Amen sugere que você converse com o pensamento, a fim de verificar evidências que comprovem a validade do pensamento. Dessa forma, você consegue matar as “formigas” se mantendo no controle dos seus pensamentos e emoções.

Uma opção mais imediatista que sugiro aos clientes é simplesmente PAUSAR, quando uma emoção negativa ou um pensamento negativo automático aparece. Você pode respirar fundo nessa pausa. E então escolher qual será a sua próxima ação, em vez de reagir automaticamente frente a uma situação desconfortável. Os clientes sempre voltam com exemplos onde conseguiram aplicar a pausa e a escolha do seu próximo passo, se mantendo no controle da situação. 

Outra ferramenta que lhe ajuda a manter no controle de seus pensamentos e emoções diárias é a meditação que iremos falar sobre no próximo post.

O que acham? Já conheciam essas estratégias? Há alguma outra estratégia que acham útil para combater pensamentos e/ou emoções negativas automáticas? Deixe um comentário aqui embaixo do post e vamos conversar!

  • Escrito por Tatiana Barbosa

Quando a Alegria é uma Escolha

A alegria pode ser um ponto de chegada ou um caminho, um jeito de se viver. Você pode escolher como quer sentir a alegria. Se logo quando acorda, você escolhe ser alegre no decorrer do dia, você se torna mais consciente das suas reações a cada situação. Você decide estar no controle das suas ações, prefere agir com alegria pelo seu próprio bem, simplesmente porque é mais gostoso sentir alegria do que tristeza, medo ou raiva.

Enxergo o sentimento de gratidão como alguém que abre o caminho para a alegria chegar. Quando você sente o seu coração inundado de gratidão, não há espaço para nada além de alegria. Por isso, os exercícios de gratidão são tão promovidos e incentivados. Para lhe ajudar a abrir espaço para a alegria, você pode pensar em algo pelo qual é muito grato(a), se concentrar nesse algo, de olhos fechados, respirar fundo, se conectar com esse sentimento de ser profundamente grato(a), e ficar ali por alguns instantes. Então, escolha carregar essa gratidão todos os dias.

A alegria é o motor para a sua motivação, é a energia que ilumina o brilho nos seus olhos. Para mim, a alegria é a manifestação do amor. Será que é possível amar sem sentir alegria? Acho que não. Por exemplo, quando fazemos algo por amor, sem desejar nada em troca, quando fazemos apenas porque realmente desejamos aliviar a dor de uma pessoa, por amor, sentimos uma imensa alegria no peito, um prazer enorme, ao ver o rosto da pessoa transformado, sem a dor que você ajudou a aliviar. Se não fizermos por amor, deixamos de sentir a alegria inicial da expectativa em ver o resultado no rosto da pessoa. Esse é apenas um exemplo, podemos ajudar o próximo, sem ver o rosto dele, mas se não acreditarmos que a ajuda será válida, também não sentiríamos aquela alegria, certo? Precisamos mais do que acreditar, ter certeza de que estamos promovendo o bem com as nossas ações, a fim de injetar alegria nas nossas ações, mesmo sem ver o resultado que esperávamos.

Escolha ser alegre por você mesmo, para a sua saúde, para viver melhor, para se sentir motivado com o dia que se inicia e as oportunidades que ele permite. Apenas sorria. Sorria para os outros porque você quer sentir alegria em você, independente se será correspondido ou não. De tanto cultivar a alegria dentro de você, através de sorrisos, de aceitar oportunidades, de buscar olhar o lado positivo de tudo, de inundar seu coração de gratidão, não reclamar aleatoriamente (ou seja, sem um objetivo produtivo)… de tanto escolher suas ações a partir da escolha de querer ser alegre, você perceberá que isso não é mais uma escolha pensada, mas sim um jeito de se viver, um estilo de vida emocionalmente saudável para você. Com o tempo, as pessoas ao seu redor vão perceber, e você vai se dar conta de que está rodeado(a) de pessoas alegres também, seja porque se inspiraram com o seu jeito de viver e também escolheram sorrir mais ou porque se identificaram com a sua alegria.

Você já tentou fazer essa escolha de ser alegre, vestir a alegria e sair na rua? Insistiu até perceber que a alegria havia sido plantada dentro de você? Chegou a perceber alguma transformação ao seu redor? Se sim, compartilhe a sua experiência aqui nos comentários, você pode inspirar alguém. Se não, o que acha de tentar?

  • Escrito por Tatiana Barbosa

Por que você se frustra tanto? (Sob a perspectiva da pesquisa sobre Mindset desenvolvida pela phd Carol Dweck)

Talvez os conceitos de mentalidade de crescimento x mentalidade fixa podem lhe ajudar a responder a pergunta desse título. Bem resumido, a pesquisadora Carol Dweck explica que quem possui uma mentalidade de crescimento acredita que qualquer característica pode ser aprendida e aprimorada. Já as pessoas com mentalidade fixa acreditam que ou você possui essa característica ou não, ou você é inteligente ou não.
Pessoas com mentalidade fixa possuem mais dificuldades de retirar aprendizados das suas frustrações, pois quando não alcançam algo que esperavam, essas pessoas duvidam da sua capacidade. O foco delas passa a ser se culpar e se sentir fracassado. Os resultados que ela consegue são o que determinam a sua própria capacidade.
As pessoas com mentalidade de crescimento também ficam triste e se frustram, mas o foco delas é procurar saber onde elas podem melhorar para tentar novamente e não perderem uma próxima oportunidade, por exemplo.
A boa notícia é que você pode mudar o seu jeito de pensar e ver o mundo! Comece identificando qual é a sua reação frente às frustrações. E, então, passe a escolher o foco dos seus pensamentos, após uma frustração. Com o tempo, o seu foco no aprendizado e no seu próprio desenvolvimento será mais natural. Os conceitos desses dois tipos de mindset sugeridos pela phd Carol Dweck envolvem muito mais do que esses exemplos. Se quiserem, posso explorar mais em posts futuros. Para quem quiser se aprofundar, vale comprar o livro dela: Mindset.
  • Escrito por Tatiana Barbosa

Apego

Acredito que ninguém busca tristeza ou infelicidade, de forma consciente. A pessoa pode fazer coisas que não lhe fazem bem, mas a intenção inicial, na maioria das vezes, é uma sensação boa, mesmo que momentânea. O apego é uma forma de buscar felicidade. A pessoa busca sensações positivas que a ideia de ter aquilo lhe traria. O objeto de apego tem várias formas. O budismo fala que pode ser do passado, do futuro ou do agora, por exemplo. Uma coisa eles têm em comum: fazem parte do mundo externo.

O apego é aquela vontade, quase que incontrolável, dentro de você. Uma sensação que toma conta do seu corpo e ocupa a sua cabeça. Algumas vezes, você pode pensar que não há felicidade sem o objeto de apego. Essa vontade é tão forte, como se houvesse uma força lhe puxando, a sua energia é totalmente mobilizada para conseguir aquilo pelo qual você tem apego.

O apego de algo do passado mobiliza uma energia incrível para algo que não existe mais. Quando se refere a algo futuro, uma situação que ainda não aconteceu, você também está investindo uma energia sua, do agora, em algo que não existe. Ambos (passado e futuro) são ilusões. Você está colocando parte da sua felicidade em situações ou pessoas que não existem. As pessoas mudam o tempo todo, cada instante que vivemos contribui para um novo eu, que aprende e se transforma com as novas experiências que vive. Então, quando você se apega a algo que está no futuro, você pode deixar de enxergar oportunidades que estão no agora, ao seu redor. Esse apego acaba sugando a sua energia e limitando a sua visão de caminhos que você poderia estar construindo agora.

Há o apego no agora também. Às vezes, você pode atribuir a sua felicidade a alguém ou a alguma coisa. Você dedica uma grande energia de esperança a essa situação, fica apegada a isso, e novamente limita as suas opções no agora. Acreditar nas pessoas que aparecem e nas novas situações como oportunidades é maravilhoso. O problema é quando nos apegamos a isso, e achamos que é a única saída para a nossa felicidade. O problema é depositar a sua felicidade naquele ou naquilo externo a você, e, não encontrar felicidade sem isso.

No agora, você pode entregar a sua sensação de realização ao consumo ou às coisas que você possui. Quando você já sentiu de perto o que é decepção, dedicar o seu apego a uma pessoa é muito arriscado, né? Ou, quando você já teve tão pouco, ou, sempre teve tanto e fica com medo de perder. São muitas as razões que fazem cada um se construir de uma forma e desenvolver apego a determinada coisa. Mas independente da história da pessoa, ela pode escolher ser completa sem esse apego.

Você percebeu que independente de qual seja o apego, todos sugerem que a sua felicidade, alegria ou realização está fixa em algo externo a você? E isso exige uma grande parcela do seu foco, da sua energia que poderia estar focada em você mesmo, de forma saudável. Mesmo quando você consegue o objeto de apego, é uma sensação instável, pois, em geral, ele traz alguma ansiedade. Seja ansiedade por medo de perder ou porque em maior quantidade, você sabe que aquele objeto lhe é prejudicial.

Agora que você está com uma visão mais ampla de como o apego pode se manifestar na sua vida e os seus possíveis efeitos negativos, que tal exercitar uma nova forma de buscar satisfação e felicidade? Como? Comece respirando fundo e prestando atenção em você, no seu corpo, nas suas emoções. Muitas vezes, o apego é uma fuga, para não olhar para você. Seja buscando gratificações imediatas ou buscando um passado para não olhar para a dor do presente ou tantas outras formas que vimos acima. Pode ser doloroso olhar para si, ver uma realidade que você não queria para si. Mas uma coisa pode ter certeza: se você continuar vivendo a vida da mesma forma, você terá os mesmos resultados que tem hoje. Então se você quer viver uma nova realidade, enfrente a realidade atual, promovendo as mudanças que precisa para viver a vida que deseja, para ser a pessoa que você quer.

  • Escrito por Tatiana Barbosa