O Mau da Curiosidade: para o curioso e seus relacionamentos

Curiosidade! Quantas palavras trocadas, quanto tempo gasto para satisfazer a sua ou a dos outros… Quando perguntamos algo apenas para satisfazer uma curiosidade nossa, o quanto a resposta nos preenche? 

Provavelmente, a sua resposta será: por alguns segundos. Se a resposta render uma fofoca daquelas, aí pode lhe preencher por dias, com conversas sobre o que aconteceu com o outro. Mas logo acaba o prazer de compartilhar o que você ficou sabendo. E você então já está pronto para satisfazer a sua próxima curiosidade! E, assim, você vai vivendo na sede de saber sobre a vida dos outros, dos seus amigos, familiares, apenas pelo prazer de saber que lhe preenche por alguns minutos, dias no máximo.

Esse ciclo faz bem para você? 

Acredito ser relevante pensar sobre essa pergunta, também por estarmos nesse tempo de Mídias Sociais com informação ao vivo sobre a vida das pessoas. E apesar de você estar focado no mundo exterior, buscando o que pode pegar de informação para si, o curioso é totalmente centrado em si, sem considerar o outro. Antes de perguntar, você reflete sobre como a pessoa pode encarar essa pergunta? Você pensa que pode ser desconfortável para ela ou que ela pode simplesmente manter isso reservado para ela, já não teve a iniciativa de compartilhar com você? Provavelmente, não. E se você reflete sobre as perguntas, mas a sua resposta é: “eu não me importaria”, você ainda está centrado em você. Não é porque você fala abertamente sobre determinado assunto que todos precisam falar também. Quando achamos que as pessoas devem ter as mesmas reações que nós, não estamos respeitando o jeito de ser do outro. Nem damos espaço para realmente conhecer essa pessoa. Apenas esperamos que a pessoa responda e vejo o mundo como você.

Será que você poderia substituir essas conversas, esse tempo gasto com a curiosidade rasa sobre os outros, com conversas ou atividades que lhe tragam uma satisfação duradoura? Algo com que você consiga tirar prazer não apenas por alguns dias, mas por um longo prazo? Por exemplo, trocas em que você esteja construindo um relacionamento de qualidade, com conversas saudáveis que façam bem para as duas pessoas, em vez de apenas seguir seu impulso curioso.

Como lidar com o curioso?

Não se intimide em colocar limites nas suas relações. A forma de colocar o limite varia conforme a pessoa e o relacionamento. Apenas a prática do autoconhecimento – como terapia, por exemplo – vai fazer você descobrir como é a forma mais saudável para você colocar limites nas suas diferentes relações.

O que vocês acham? Faz sentido? Comenteeeeeem!

  • Escrito por Tatiana Barbosa

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